Cuidados Paliativos na Atenção Domiciliar: conforto e assistência humanizada ao paciente e sua família

cuidados paliativos siteA Organização Mundial de Saúde define cuidados paliativos como “uma abordagem voltada para a qualidade de vida tanto dos pacientes quanto de seus familiares diante de problemas associados a doenças que põem em risco a vida, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento. Requer reconhecimento precoce, avaliação precisa e criteriosa, tratamento da dor e de outros sintomas de natureza física, psicossocial e espiritual”.

Neste delicado momento em que a cura está fora de alcance, o respeito pelo paciente e por sua dignidade ganha ainda mais relevância e nada mais indicado do que o aconchego do lar e a proximidade dos familiares. No modelo paliativo de atenção à saúde, assim como na Atenção Domiciliar, a proposta é humanizar o cuidado e estender a assistência para além da cura e do tratamento. Com os avanços da medicina, a tendência é pensarmos que toda doença é curável, contudo há aquele momento em que é preciso reconhecer nossos limites e enxergar que ainda há muito o  que fazer pelo cuidado do paciente: proteger, amparar, aliviar e abrigar, como o próprio termo palliare sugere. O profissional de saúde que trabalha com cuidados domiciliares possui uma postura diferenciada, que vem ao encontro do perfil ideal para se trabalhar com cuidados paliativos. Ele trabalha focado no “cuidar” e possui atributos como criatividade, flexibilidade, comunicação e respeito, pois seu papel não é apenas o de atender o paciente, mas sim o de corresponder às necessidades de informação e de orientação de toda a família. E, quando falamos em “cuidar”, não podemos deixar de ressaltar a relevância do papel desempenhado pela família. Ela é o principal apoiador da equipe de saúde, afinal os profissionais têm limitações em sua atuação e não podem substituir a família na solução de problemas sociais e até psicológicos. Os cuidados paliativos devem ser oferecidos o mais cedo possível, no curso de qualquer doença crônica potencialmente fatal, desde seu diagnóstico, para que ela não se torne difícil de cuidar nos últimos dias de vida. Podem se enquadrar tanto nas modalidades de curta, média ou longa permanência, a depender das características do paciente, suas doenças associadas e seu estado funcional. No Brasil ainda não há uma estrutura de cuidados paliativos adequada às demandas existentes. Segundo levantamento realizado pela Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), a maioria dos serviços do país está localizada na região Sudeste, com poucas unidades nas demais macrorregiões do país. Além disso, grande parte dos serviços brasileiros realiza cuidados paliativos apenas em ambiente hospitalar. A fase final da vida e a morte são processos naturais, inerentes à trajetória de vida do ser humano, por isso merecem toda a atenção e não devem ser deixadas de lado tanto nos debates sobre as políticas de saúde como na formação dos profissionais da área. É preciso voltar os olhares para as pessoas e não apenas para as doenças.

Fonte: http://www.portalprofissaosaude.com.br

 

Atenção, Assistência e Visita Domiciliar à Saúde

A atenção domiciliar à saúde constitui a modalidade geral da atenção à saúde prestada no domicílio, sendo uma categoria genérica que engloba e representa o atendimento, a visita e a internação domiciliares, cada qual com seus objetivos e características. Ela é considerada um componente do continuum dos cuidados à saúde, pois os serviços de saúde são oferecidos ao indivíduo e sua família em suas residências com o objetivo de promover, manter ou restaurar a saúde, maximizar o nível de independência, minimizando os efeitos das incapacidades ou doenças, incluindo aquelas sem perspectiva de cura.3 A assistência domiciliar à saúde é uma categoria da atenção domiciliar à saúde que pode ser também denominada atendimento ou cuidado domiciliar e baseia-se na plena interação do profissional com o paciente, sua família e com o cuidador, quando esse existe. Ela constitui um conjunto de atividades de caráter ambulatorial, programadas e continuadas desenvolvidas em domicílio, 4 e pode ser instrumentalizada pela visita ou internação domiciliar.

A atenção domiciliar e a assistência domiciliar à saúde são atividades com diversos aspectos em comum, mas diferenciam-se na prática. A atenção domiciliar à saúde diferencia-se por constituir uma modalidade ampla que envolve as ações de promoção à saúde em sua totalidade, incluindo a prática de políticas econômicas, sociais e de saúde, que influenciam o processo saúde-doença dos indivíduos, além de envolver ações preventivas e assistenciais das outras categorias que engloba (atendimento, visita e internação domiciliar). O atendimento domiciliar à saúde é uma categoria diretamente relacionada à atuação profissional no domicílio, que pode ser operacionalizada por meio da visita e da internação domiciliar, envolvendo, assim, atividades que vão da educação e prevenção à recuperação e manutenção  da saúde dos indivíduos e seus familiares no contexto de suas residências.

A visita domiciliar é uma categoria da atenção domiciliar à saúde que prioriza o diagnóstico da realidade do indivíduo e as ações educativas. É um instrumento de intervenção fundamental na saúde da família e na continuidade de qualquer forma de assistência e/ ou atenção domiciliar à saúde, sendo programada e utilizada com o intuito de subsidiar intervenções ou o planejamento de ações.

A internação domiciliar, por sua vez, é uma categoria mais específica, que envolve a utilização de aparato tecnológico em domicílio, de acordo com as necessidades de cada indivíduo, sendo caracterizada pela permanência da equipe de saúde na residência por no mínimo quatro horas diárias, com acompanhamento contínuo. O indivíduo para ser internado em domicílio precisa apresentar quadro clínico estável, assim como a equipe profissional necessita de rede de suporte para as possíveis eventualidades.

Contexto domiciliar

A assistência domiciliar à saúde vem transpor as práticas institucionalizadas da saúde, visando construir uma nova ação profissional com base na inserção dos profissionais de saúde no local de vida, interações e relações dos indivíduos, em sua comunidade e, principalmente, em seu domicílio; passa, portanto, a considerar o contexto domiciliar das famílias.

Ao adentrar esse espaço, o profissional insere-se de forma a desenvolver suas ações e interações com a família, evitando considerar somente os problemas apresentados pelo paciente; mas observando também os fatores sociais (econômicos, espirituais e culturais), os recursos disponíveis na casa, as condições de higiene e de segurança, o grau de esclarecimento da família. Assim, cabe ao profissional, em seu trabalho interdisciplinar, atentar para todas estas questões e atuar com vista à integralidade de suas ações.

O contexto domiciliar deve ser percebido por meio de uma perspectiva abrangente que vai além do espaço físico, que considera este ambiente como um conjunto de coisas, eventos e seres humanos correlacionados entre si e de certo modo, cujas entidades representam caráter particular e interferente mútuo e simultâneo.

A Tecnologia Mobile no Apoio aos Cuidadores de Idosos

Fontes: Site Empreender Saúde; site QMedic Health, site MobiHealth News

Nos próximos anos, as tendências mundias de envelhecimento se acentuarão, especialmente nos países em desenvolvimento, e isso já tem sido observado no Brasil nas últimas 2 décadas.

As estratégias de atenção à saúde do idoso tem se multiplicado, ao mesmo tempo em que, timidamente, os modelos de tecnologia aplicada a essas estratégias tb tem surgido nos cenários global e brasileiro.

Em paralelo, um novo personagem tem surgido, não apenas como coadjuvante, mas já em um papel de destaque: o cuidador.

Inúmeros são os cases relacionando esse personagem como fator de intervenção.

Sabe-se que há uma sobrecarga no cuidado e inúmeras são as queixas desse grupo, tais como, cansaço, impaciência, falta de recursos, hostilidade e teimosia dos pacientes, e que em muitos desses casos, os cuidadores são os próprios familiares, que sacrificam suas vidas pessoais pelo cuidado do doente.

Sabe-se ainda, que existem algumas ferramentas e indicadores que analisam o grau de desgaste e exposição desse personagem como fator predisponente ao insucesso do tratamento domiciliar.

Estudos apontam que 98% dos lares brasileiros, independente da classe econômica, possuem acesso a serviços móveis de internet (smartphones, tablets).

Nessa linha, pesquisei algumas ferramentas tecnológicas recém-desenvolvidas, que objetivam ajudar os cuidadores tanto na gestão de recursos, quanto na organização das atividades diárias. Infelizmente, todas estrangeiras:

EUA

Unfrazzled (Apple) – ajuda na coordenação das atividades de cuidado

QMedic – monitora atividade física, sono e sinaliza quedas

Tailândia

Reminder – controle de medicação e facilitador de interação com equipe de assistência

África do Sul

Portal que estimula os cuidadores a criarem seu próprio conteúdo a ser vinculado a mídias móveis a fim de promover educação continuada, troca de experiências e informações sobre oferta de cuidados para comunidades com baixo acesso à informação.

O que é o “home care” Alavança

Para nós, o Home Care é uma modalidade importante e atual, na área da saúde, suas atividades consistem em destinar ao paciente/cliente um atendimento assistencial digno, com embasamento em princípios éticos e técnicos de qualidade. Vale lembrar, também, que essa modalidade coloca o paciente e familiares em situação mais confortável, haja vista que recebem todo o amparo assistencial e cuidados com a pessoa, em ambiente domiciliar, atendimento personalizado com profissionais exclusivos, longe de infecções hospitalares.

Este tipo de serviço é direcionado não só aos pacientes, uma vez que envolve também, os familiares, estando estes diretamente envolvidos no tratamento e no cotidiano de nossos clientes.
Daí a importância da elaboração e estrita observância de uma rigoroso manual de conduta, uma vez que o profissional da área da saúde destinará toda a sua experiência, conhecimento e prática profissional em prol do paciente, no convívio harmonioso com estes e seus familiares.